Joyce Franca explica como o Coletivo T’Challa faz a diferença na companhia e conta que se identifica com Okoye, do Pantera Negra.
Joyce Franca, da área de Digital Audience Experience da Disney Brasil, conta como o Coletivo T’Challa surgiu como um refúgio do mundo racista para promover diversos eventos e reflexões importantes dentro da companhia, ajudando a elevar o protagonismo da pauta racial.
A estudante participou do programa de Jovem Aprendiz da empresa enviando um vídeo de TikTok no último minuto da seleção e, mesmo assim, passou no processo seletivo. Depois de um ano na área de Planejamento Financeiro, ela entrou na faculdade de Rádio, TV e Internet e conseguiu o estágio que faz hoje.
Joyce diz que logo ao entrar na empresa, a líder de sua área comentou sobre ter um grupo ligado a Diversidade e Inclusão na Disney. “Eu me interessei de imediato, e sem pensar duas vezes pedi para saber mais. Foi aí que comecei a ter os meus primeiros contatos com o Coletivo T’Challa”, explica.
A jovem fala também de sua identificação com a personagem Okoye (Danai Gurira), dos filmes Pantera Negra, e toda a coragem trazida pelas mulheres guerreiras de Wakanda. Para Joyce, ver um preto salvar a humanidade ao invés de ser um vilão fez toda a diferença para a comunidade.
Saiba mais sobre qual a importância do Coletivo T’Challa para Joyce Franca e seus momentos mais icônicos do Universo Cinematográfico Marvel (UCM):
Qual a importância do Coletivo T’Challa para você?
Joyce Franca: É surreal a importância do grupo. Fui incrivelmente bem acolhida pelo pessoal e passei a fazer parte desse Coletivo que, acima de tudo, é sobre acolhimento.
O grupo surgiu por conta de um acontecimento trágico, que foi o assassinato de George Floyde nos Estados Unidos. Por isso o Coletivo T’Challa significou para mim, inicialmente, um refúgio em um mundo racista. Agora, a iniciativa vem evoluindo e é um grupo que atua em várias áreas e dá suporte em muitos projetos.
Projetos esses que pude ter o privilégio de participar, que só esse grupo pôde me proporcionar, desde programas sobre protagonismo negro até o grande evento da première do filme Pantera Negra: Wakanda Para Sempre.
Qual é a sua relação com a Marvel?
Joyce Franca: Sempre fui fã da Marvel, mas aquela fã que esquece muitas coisas e faz questão de assistir de novo e relembrar. A Marvel é uma marca que nos proporciona vivenciar as histórias. Não é um simples filme, não é uma série comum, é todo um um universo que faz total sentido.
Acho que o mais legal é que a Marvel faz você criar teorias mirabolantes, mas que poderiam muito bem ser reais. Claro, super-herói que voa não existe. Ou será que sim?
Você se sente representada por alguma iniciativa da Marvel?
Joyce Franca: As atuais iniciativas da Marvel trazem uma representação muito boa de vivências reais minhas. Quando eu vejo um preto salvar a humanidade ao invés de ser sempre um vilão, percebo o quão importante é a representatividade.
Sendo muito previsível, o que mais impactou foi o primeiro filme do Pantera Negra. Foi a primeira vez que vi um filme que representou a comunidade negra de uma forma tão linda e poderosa.
Eu me sinto representada pelo filme não de forma literal, até porque não tenho aquela tecnologia a flexibilidade dos personagens. Mas porque podemos ver que somos mais do que famosos estereótipos. O longa mostra que posso ser muito mais do que esperam de mim, posso ser uma guerreira que luta minhas batalhas.
Quais os momentos do UCM mais te marcaram?
Joyce Franca: Diversos momentos do UCM me emocionaram, mas tem alguns que são inesquecíveis. Eu me identifico muito com a Okoye, a general das guerreiras do rei T’Challa, conhecidas como Dora Milaje.
A força e lealdade dela e das mulheres guerreiras me fazem querer ser igual a elas e me enchem o peito para dizer que isso sim me representa, me incentiva. É isso que quero ver nas telas.
A morte do T’Challa também foi muito impactante porque a morte do Chadwick Boseman foi devastadora. A homenagem que a Marvel proporcionou a ele no segundo filme, foi simplesmente incrível. Para mim, como mulher e preta, Pantera Negra: Wakanda para Sempre foi um presente.