A partir de 23 de março você poderá ver e rever em família as aventuras do garoto Júlio e da bicharada no vocal.
Estreia no Disney+ um dos programas mais queridos do público brasileiro: a série Cocoricó, criada em 1996 pela TV Cultura. Protagonistas da infância de uma geração de admiradores, Júlio e sua turma chegam à plataforma dia 23 de março para conquistar novos fãs e resgatar a nostalgia nos mais antigos. Essa é uma excelente oportunidades para pais, filhos e toda a família curtirem juntos as aventuras dessa bicharada tão animada.
Produzido até 2013, alguns episódios do programa chegam ao Disney+ juntando-se a outras grande produções, como os clássicos desenhos estrelados por Pato Donald, os filmes da franquia Era do Gelo e o revival da amada série Família Radical.
Você se lembra de Cocoricó?
Para relembrar a clássica série dos anos 1990, vamos contar resumidamente o enredo do programa para você. O protagonista do programa é Júlio, um menino simples de 8 anos de idade que nasceu na cidade grande, mas inventou de passar as férias escolares na fazenda de seus avós.
A fazenda leva o nome de Cocoricó, localizada na cidade fictícia de Cocoricolândia. Lá, Júlio descobre um lugar incrível, onde os animais falam, cantam e dançam, além de se meterem em confusões diárias, mas muito divertidas. No início, Júlio parece estar insatisfeito com a visita. Mais tarde, contudo, o garoto se vê encantado com a beleza do campo e da natureza, decidindo ficar por lá mesmo.
Quem são os amigos de Júlio?
Seus melhores amigos e companheiros de aventura são o cavalo caipira Alípio, as galinhas Lilica, Lola e Zazá, o convencido papagaio Caco, a vaca Mimosa, a índia espertalhona Oriba e o morcego pessimista Toquinho.
Lá, estão também seu avô e sua avó, que apesar de serem avós apenas de Júlio, são chamados assim por todos do sítio. No chiqueiro da fazenda, moram o bebê porquinho Astolfo e sua mãe.
Na fazenda vizinha, estão Vina e Torquato, dois patos que moram em uma casa ao lado da lagoa. Os dois vivem tramando contra o pessoal da fazenda, tendo como principais cúmplices Dito e Feito, uma dupla nada confiável que também mora na Fazenda Cocoricó.
Ao lado da casa dos dois patos encrenqueiros, está Martelo, um pequeno sapinho que tem como melhor amiga uma mosca chamada Zac Zac. Ele se torna um grande amigo de todo mundo lá na fazenda.
Como Júlio e o Cocoricó nasceram?
O criador do personagem principal da série é Fernando Gomes, diretor e criador de outros programas infantis, além de produtor e intérprete de diversos outros bonecos famosos na televisão brasileira.
Segundo ele, Júlio nasceu antes mesmo do programa Cocoricó. “Eu criei o Júlio para um especial de natal do programa ‘Rá-Tim-Bum’ em 1989. Então, o Júlio é bem antigo, embora ele tenha só oito anos, porque lá em Cocoricolândia o tempo passa diferente”, contou ele em entrevista à TV Brasil.
Um tempo depois, a rede de televisão estava querendo criar um projeto para substituir o antigo ‘Glub-Glub’, que servia de programa introdutório para exibir diversos desenhos animados. “Eles queriam uma série sobre um menino que vivia numa fazenda. O Júlio foi escalado e eu peguei carona com ele”, disse Gomes.
A primeira fase do programa serviu como moldura para a apresentação de outros desenhos, mas, em 2003, dado o sucesso dos personagens, a TV Cultura passou a produzi-lo em formato seriado, focado apenas nas histórias da fazenda.
Cocoricó: inspiração para os bonecos
Sobre a inspiração que Gomes tem para a criação de seus bonecos, ele conta que são muitas. “Muitas vezes brincando com o material, sai alguma forma interessante e isso já pode significar o nascimento de algum personagem. Alguns bonecos podem até ficar coincidentemente parecidos com alguém, mas inspirado mesmo em alguém que eu conheço foram poucos”, disse ele em entrevista para a InfanTV.
De acordo com ele, apenas seu primeiro boneco para TV, chamado Beleléu, teve características suas. “Era um carioca que torcia pro Flamengo, assim como eu”, diz ele.
Segundo ele, é difícil apontar favoritos. “É como pedir a um pai que aponte qual de seus filhos ele gosta mais”, afirma Gomes. “Existe um carinho e um respeito muito grande por estes personagens, mas é mais ou menos igual ao carinho e apego que um ator tem, ou deveria ter, pelo personagem que está interpretando”, conta ele, destacando que nunca chegou a, por exemplo, conversar com eles em casa.