Selecionamos alguns dos melhores conteúdos com protagonismo negro para você assistir neste mês da Consciência Negra
Atenção! O texto pode contém spoilers.
Frequentemente somos relembrados das injustiças sofridas pelo povo negro durante a história e reconhecemos a importância de elevar suas vozes para que sua identidade seja celebrada e respeitada. Por isso, o Disney+ selecionou conteúdos feitos e protagonizados por negros e negras que podem ser acessados na coleção “Comemore as Histórias Negras” dentro serviço de streaming por assinatura.
Para facilitar, nós separamos aqui oito das melhores séries e filmes da coleção que você não pode deixar de assistir neste mês. Confira!
Black is King
Este filme foi feito exclusivamente para acompanhar o álbum The Lion King: The Gift, de 2019, de Beyoncé. As músicas foram criadas por ela para o remake de Rei Leão lançado no mesmo ano.
O álbum espelha o enredo do filme principal ao contar a história da África e da jornada de seu povo enquanto se recupera e abraça sua beleza. Black is King explora as tradições e culturas antigas enquanto questiona a identidade negra atual como um todo.
O filme foi aclamado pela crítica e foi indicado a diversas premiações, incluindo a categoria de melhor filme musical no Grammy. Brown Skin Girl levou o prêmio de melhor videoclipe e Black Parade de melhor performance de R&B.
Black is King: Trailer Oficial
Knowles gastou todo o seu tempo e esforço na curadoria do filme e reverteu os ganhos com a venda do projeto para garantir que ele tivesse simplesmente o melhor — desde figurinos até elenco e cinematografia.
Ela pesquisou estilos de arte de diferentes culturas africanas, bem como escolheu seu elenco de estrelas e convidados especiais a fim de garantir que o filme mantivesse totalmente a diversidade e a conectividade necessárias.
Black is King aborda muitos temas, como estereótipos de africanos e negros americanos, pan-africanismo e afrofuturismo, orgulho e identidade negra, bem como os papéis do masculino e feminino na comunidade negra.
Falcão e o Soldado Invernal
Em Falcão e o Soldado Invernal, minissérie do Universo Marvel, acompanhamos Sam Wilson, também conhecido como Falcão e interpretado por Anthony Mackie, em sua busca por respostas depois de receber o manto do Capitão América.
Confuso e apreensivo com a tarefa de se tornar o substituto do grande herói norte-americano, Wilson irá se juntar a Bucky Barnes, também conhecido como Soldado Invernal, (interpretado por Sebastian Stan), para entender uma trama envolvendo um grupo anarquista conhecido como Flag-Smashers.
Composta por 6 episódios, a série mostra algumas das consequências envolvendo a grande batalha contra Thanos após o fim do filme Vingadores: Ultimato.
A Princesa e o Sapo
A Princesa e o Sapo estreou em dezembro de 2009 e deixou sua marca na animação e na história da Disney como a primeira princesa afro-americana da marca. No original, Tiana é dublada pela atriz e cantora negra Anika Noni Rose e no Brasil ela foi interpretada por Kacau Gomes.
Situada em 1912 em Nova Orleans, acompanhamos a busca dessa jovem talentosa e trabalhadora que tem como único sonho abrir um restaurante, desejo que ela e seu falecido pai nutriam desde quando ela era criança.
Em meio às suas tentativas para realizar o projeto, Tiana se depara com um obstáculo burocrático que pode por todos seus esforços a perder. É aí que ela se depara com um sapo falante que pede para beijá-la em troca de tornar seu sonho realidade.
Tiana concorda com o pedido e faz o que ele lhe pede, mas em um revés inesperado ela acaba se tornando também uma sapa. Assim que ela conhece Naveen (interpretado no original por Bruno Campos e no Brasil por Rodrigo Lombardi), um príncipe maldoniano amaldiçoado que foi preso no corpo de um anfíbio sapo.
Sing Along: A Princesa e o Sapo: Vamos Levar Vocês
Os dois precisam encontrar Mama Odie, uma sacerdotisa vodu nas profundezas do bayou para ajudá-los a reverter o feitiço, evitando o homem das sombras que deseja usar Naveen para seu esquema nefasto.
O filme foi o último filme tradicionalmente animado em duas dimensões da Disney e foi dirigido por Ron Clements e John Musker, que trabalharam em outros filmes do estúdio, incluindo A Pequena Sereia, Aladdin e Hércules.
Alan Menken e Randy Newman colaboraram juntos na trilha sonora e o filme em si foi um grande marco para a comunidade negra no que diz respeito à representação. Oprah Winfrey, que dublou a mãe de Tiana, Eudora, no filme, foi uma grande defensora do projeto.
A Princesa e o Sapo foi um sucesso financeiro e muito aclamado pela crítica, estreando em primeiro lugar nas bilheterias no fim de semana de lançamento com 24,2 milhões de dólares.
Além disso, Tiana aparece também no show Mickey's Friendship Faire no Walt Disney World, e uma reforma está sendo feita na atração do Splash Mountain para transformá-la em um brinquedo totalmente inspirado na Princesa e o Sapo. Os fãs do filme também tiveram ótimas notícias depois que a Disney anunciou a criação de um seriado original para o Disney+ que deve estrear em 2022.
Rodgers and Hammerstein’s Cinderella
Considerado por alguns como uma das melhores versões de Cinderela, Rodgers and Hammerstein’s Cinderella foi um dos principais responsáveis por mostrar à Disney que fazer musicais para a televisão valia muito a pena.
O filme é até hoje reconhecido por sua inovação e seu elenco diversificado, principalmente ao dar o papel principal para a atriz e cantora Brandy Norwood. Na época, ela foi considerada como a primeira mulher negra a retratar Cinderela em uma adaptação da história, algo que só aconteceu porque Whitney Houston, que interpreta a Fada Madrinha, a sugeriu para o papel.
O filme apresenta alguns dos maiores nomes do entretenimento da Broadway e da indústria cinematográfica, incluindo Bernadette Peters, Jason Alexander, Whoopi Goldberg, Natalie Reid e Victor Garbor.
O objetivo de ter um apelo universal com seu elenco foi alcançado. As letras e os números musicais junto com a coreografia foram feitos com maestria e o figurino foi feito para que tudo lembrasse um verdadeiro conto de fadas.
O filme foi muito bem recebido pela crítica, com Eileen Fitzpatrick da Billboard elogiando o longa por se manter fiel ao material original e escolher Brandy para o papel principal. A produção foi indicada a sete prêmios Emmy e três prêmios NAACP.
Soul
Soul é um dos mais recentes filmes da Disney com representação negra, já que foi lançado no natal de 2020. Na história, seguimos Joe Gardner (interpretado por Jamie Foxx), um professor do ensino médio que teve a chance de realizar seu sonho de tocar jazz em um show de verdade.
No entanto, seu momento de glória é interrompido quando ele é transportado para o mundo espiritual e inadvertidamente se torna um mentor para 22, uma alma que ainda não está pronta para ir para a Terra e é dublada por Tina Fey.
Enquanto tenta encontrar um caminho de volta para seu corpo, 22 acaba no corpo de Joe, enquanto Joe termina no corpo de um gato. A dupla então precisa trabalhar para consertar a situação e, ao longo do caminho, aprende lições que ambos precisavam.
Soul | Trailer Oficial Legendado | Disney+
Soul é o primeiro filme da Pixar a ter um protagonista negro e foi elogiado pelo desenvolvimento de personagens e o protagonismo dado ao jazz, movimento musical fundado por afro-americanos.
Um dos maiores elogios feitos ao longa foi para a animação, que captou os diferentes tons de pele dos negros e suas diferentes texturas de cabelo, sem cair na generalização fácil ou no esteriótipo. A Pixar foi cuidadosa com isso, pois queria ter certeza de que não representaria caricaturas racistas dentro do filme.
O elenco apresenta também Phylicia Rashaad como Libba, mãe de Joe, Angela Basset como Dorothea Williams e Questlove como o baterista de Dorothea que dá a Joe sua grande chance. Jon Batiste compôs uma trilha de jazz original para o filme e foi usado como modelo para as animações de piano.
Os críticos elogiaram o filme como o projeto mais ambicioso e bem-sucedido da Pixar até o momento. Já ganhou vários prêmios e foi um dos títulos mais assistidos direto para streaming de 2020.
Jamaica Abaixo de Zero
Jamaica Abaixo de Zero, comédia de 1993, é conta a história verídica de uma equipe de bobsled da Jamaica que chegou às Olimpíadas. A história começa quando Derice Bannock, percebe que, devido a um acidente, suas chances de se classificar para a equipe olímpica de atletismo da Jamaica em 1988 serão frustradas, e, por isso, busca outro esporte para a competição.
Como o ex-vencedor da medalha de ouro nos Estados Unidos de bobsled, Irv Blitzer, mora na Jamaica, Derice escolhe o trenó, convencendo Irv a treinar o time. Derice então forma sua equipe.
Derice consegue que seu amigo Sanka Cofie se junte a ele e recruta Junior Bevil, um jovem inseguro, e Yul Brenner, o reclamão da equipe. Depois de diversos contratempos, principalmente a falta de neve no país para que os treinos ocorressem de forma mais fácil, o grupo parte para as Olimpíadas de Inverno para competir por uma vaga.
Pantera Negra
Pantera Negra é o primeiro filme do Universo Cinematográfico da Marvel a apresentar um elenco majoritariamente afro-americano, incluindo seu diretor, Ryan Coogler. Ele também apresenta o primeiro super-herói negro desde Blade, o Caça-Vampiros, em 1998.
O protagonista T'Challa, interpretado pelo inesquecível Chadwick Boseman, acaba de receber o título de Rei de Wakanda depois que seu pai perdeu a vida em um bombardeio durante o filme Capitão América: Guerra Civil.
Temos a chance de ver o glorioso e misterioso país de Wakanda, na África, quando ele se dirige até lá para ser coroado rei. No entanto, nem tudo será tão fácil, e T’Challa terá que se tornar o Pantera Negra para proteger seu povo e seu direito ao trono.
O figurino e a música são alguns dos destaques do longa, elogiados por terem abraçado as tradições e culturas dos países africanos da vida real, ao mesmo tempo em que mesclavam elementos do afrofuturismo.
O elenco é composto principalmente de afro-americanos, com exceção de Martin Freeman como o agente Ross e Andy Serkis como Klaue. Angela Basset interpreta a mãe de T’Challa, Ramonda, e Letitia Wright atua como Shuri, a irmã superinteligente de T’Challa.
Um dos pontos mais marcantes do filme é a força das mulheres no filme. Embora T’Challa seja o herói principal deste filme, as mulheres não são coadjuvantes, mas sim participantes ativas das decisões do reino.
O recém-coroado rei de Wakanda é flanqueado pelas Dora Milaje, um grupo de mulheres guerreiras habilidosas e poderosas lideradas por Okoya, interpretada por Danai Gurira, conhecida por seu papel em The Walking Dead.
Até mesmo seu interesse amoroso, Nakia, interpretada por Lupita Nyong'o, é uma habilidosa espiã em missão para libertar mulheres escravizadas de traficantes.
O filme quebrou muitos recordes e ganhou vários prêmios, arrecadando 1,347 bilhão de dólares globalmente. É o filme de super-herói solo de maior bilheteria, o terceiro filme de super-herói de maior bilheteria no Universo Cinematográfico da Marvel e o filme de maior bilheteria dirigido por um norte-americano negro.
Duelo de Titãs
Em 1971, a diretora de uma escola de ensino médio em Alexandria, no estado da Virgínia, precisa fazer algo para integrar adolescentes negros a um colégio só de brancos. Para isso, ela contrata o jovem técnico negro Herman Boone (interpretado por Denzel Washington) para liderar o time de futebol americano da escola. Boone terá de enfrentar o preconceito de alguns de seus colegas, resolver os conflitos com seu assistente, Bill Yost, e ajudar os jogadores a superarem as tensões raciais presentes na equipe.
Baseado em uma história real, o filme tem algumas das cenas de futebol americano mais realistas do cinema, uma performance inesquecível de Denzel Washington, e participações de Ryan Gosling, Wood Harris, Donald Faison, Hayden Panettiere e Kate Bosworth.