Se tem um personagem da Marvel que não deixa que os outros lhe digam o que fazer é a Mulher-Hulk. O alter ego da super-heroína e advogada Jennifer Walters definitivamente não liga para como os outros acham que uma mulher tem que se comportar.
A personagem já tem uma longa relação com o público da Marvel Comics, porém somente em 2022 entrou para o Universo Cinematográfico Marvel (UCM).
E para celebrar todo o poder feminino que a Mulher-Hulk – ou será que poderíamos chamar de Mhulky? Melhor não! – trouxe para esses universos, veja a seguir como a personagem surgiu:
A história da Mulher-Hulk nos quadrinhos
Em fevereiro de 1980, a HQ Savage She-Hulk #1 apresentou a Mulher-Hulk ao mundo. A edição saiu da mente do roteirista Stan Lee em parceria com Steve Buscema e Chic Stone.
No entanto, foi a partir da #2, pelas mãos do roteirista David Anthony Kraft junto aos artistas Mike Vosburg e Chic Stone que ela se consolidou pelas 25 edições seguintes.
Desde o princípio, a Mulher-Hulk chamou a atenção do público por sua personalidade. Ela fez da tímida Jen Walters a alma da festa, e mostrou que super-heroísmo e inteligência são apenas dois lados da mesma moeda.
Jennifer Walters cresceu em Los Angeles ao lado de seus pais, o xerife Morris Walters, e a mãe Elaine Banner-Walters. Achou esse sobrenome familiar?
Sim, Jen é prima daquele Bruce Banner, o que vira o Hulk. Após a morte de sua mãe, Jen e Bruce se aproximam bastante. Inclusive, quando ela precisou de uma transfusão de sangue urgente, o primo foi o primeiro a ajudar.
Acontece que a boa vontade de Bruce teve um “pequeno” efeito colateral: o sangue repleto de partículas Gama se combinou com o de Jennifer que se transformou na gigante, verde e muito autoconfiante Mulher-Hulk!
O começo dessa vida de super-heroína não foi nada fácil para Jen, até porque demorou um pouco até que ela conseguisse controlar seus poderes. Mas quando, enfim, ela os dominou, aí ninguém mais segurou essa garota!
Ela não só aprendeu a controlar a transformação como a manter sua racionalidade independente do quão verde e gigante ela fosse. E não é que, com o tempo, ela passou a curtir muito essa história de Mulher-Hulk?
Pena que, como todo super-herói, ela também tenha alguns pontos fracos, principalmente radiação, caras musculosos (hello, Thor!) e doces. Afinal, ela é super-poderosa, mas não é de ferro, não é mesmo?
Como a Mulher-Hulk quebra a quarta parede
Vamos dar uma pausa na história para falar sobre um dos aspectos mais marcantes da personagem, tanto nos quadrinhos quanto na série da Marvel: a quebra da quarta parede.
De forma resumida, isso acontece quando um personagem, ciente de que está sendo visto, fala diretamente com o público.
Pois bem, em 1989, o artista John Byrne publicou a série “The Sensational She-Hulk” trazendo um ar ainda mais cômico ao personagem. E uma de suas principais características era se dirigir diretamente ao público.
Essa quebra da quarta parede se deu já na capa da edição de estreia da série, na qual ela aparece segurando a edição #1 de The Savage She-Hulk e ameaçando o leitor caso ele não compre sua revista.
Esse “diálogo” direto com o público é replicado na série Mulher-Hulk: Defensora de Heróis, fazendo da ligação da personagem com o espectador ainda mais próxima.
A história da Mulher-Hulk no Universo Cinematográfico Marvel
A atriz Tatiana Maslany assumiu a responsabilidade de viver Jennifer Walters na série Mulher-Hulk: Defensora de Heróis, lançada diretamente no Disney+ em 2022. E mandou muito bem!
Contudo, na produção, Jen consegue seus poderes de forma um tanto diferente das HQs. Em vez de uma transfusão de sangue, ela sofre um acidente de carro junto de Bruce Banner (vivido por Mark Ruffalo).
E, assim, o sangue de seu primo entra em contato com o seu por causa dos machucados dos dois decorrentes da batida. Isso faz com que ela também se torne uma gigante cor de esmeralda – que definitivamente precisa de ajuda para se adequar à nova condição de super-heroína.
A mente brilhante da advogada e seu poder de transformação atraem o interesse de uma das maiores agências de advocacia de Los Angeles, que, claro, oferece à Jen um emprego.
Mas logo a advogada descobre que, mais do que seus dotes profissionais, o que seus novos patrões querem mesmo é a super-heroína She-Hulk em ação para ajudar os clientes envolvidos em casos “sobre-humanos”.
Apesar de um pouco relutante, Jen aceita mesmo assim. Todo mundo tem boletos para pagar, não é mesmo?
Bem, seu jeito inteligente, forte e divertido não agrada a todos, principalmente a alguns homens que acreditam que ela não mereceu ter recebido seus poderes. Mas é claro que Jennifer Walters dá um jeitinho de mudar essa história – literalmente!
Além da série, a Mulher-Hulk aparece, ainda, nas animações O Incrível Hulk, Hulk e os Agentes de S.M.A.S.H e Marvel: Aventuras de Super-Heróis.
Seja nos quadrinhos ou no UCM, no final das contas a Mulher-Hulk é um lembrete de que ninguém tem o direito de dizer quem você deve ser, não interessa se você é menino, menina, não-binárie, verde ou extremamente alto… O que for.
Jen mostra que não é preciso agir de um determinado jeito ou ter uma determinada aparência para ser feminina. E que, definitivamente, as garotas querem se divertir!
Vamos celebrar as Mulheres da Marvel
As personagens femininas do Universo Marvel são muitas e incríveis, cada uma à sua maneira.
Nas próximas semanas, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, o Marvel Insider vai trazer inúmeras histórias para enaltecer o protagonismo e a importância dessas personagens.
Para saber mais sobre essa e todas as novidades do Universo Marvel, não deixe de visitar o Marvel Insider!