A publicação escrita por Stan Lee e ilustrada por Wally Wood entrou para a história ao trazer um novo estilo de confronto.
A saga Daredevil é muito importante para a Marvel Comics. O personagem Matt Murdock, o Demolidor, se destaca não apenas por sua história ou por ser um super-herói cego, mas também por protagonizar algumas das publicações mais icônicas da marca.
E em uma dessas HQs, mais precisamente Daredevil #7, o vigilante enfrenta um dos mais poderosos personagem do universo Marvel Comics: o atlante Namor.
O #TBT da Marvel dessa semana vai relembrar esse encontro histórico que abriu precedentes para uma nova forma de narrar os confrontos:
O encontro entre o Demolidor e Namor
Em Daredevil #7, Namor vai a Nova York na tentativa de conseguir uma audiência para formalizar a relação de seu reino com a humanidade. Para isso, ele contrata Matt Murdock como seu advogado.
Para forçar a audiência, o líder subaquático ataca a cidade furiosamente, derrotando, inclusive, o Demolidor – e com facilidade. Tudo isso para, logo em seguida, se entregar à justiça.
Contudo, ao saber que seu reino submarino está ameaçado, o atlante desiste do plano, e luta para sair da cadeia e retornar ao mar. O problema é que, em seu caminho, há tropas de soldados e os cidadãos de Manhattan.
Claro que o Demolidor não deixaria isso barato. Agora disposto a dar tudo de si, o super-herói enfrenta uma das mais poderosas criaturas do planeta provando sua coragem e tenacidade.
A importância de Daredevil #7 no universo Marvel Comics
Namor pode até ter aparecido pela primeira vez no Universo Cinematográfico Marvel (UCM) agora, no entanto, ele é um dos mais antigos personagens da Marvel.
Para dar uma ideia, o “às vezes super-herói, às vezes vilão” apareceu pela primeira vez em 1939, na edição #1 da revista Marvel Comics. Já o Demolidor foi apresentado ao público décadas depois, em 1964. Em comum, os dois têm um nome: Bill Everett.
Bill escreveu e ilustrou a primeira história de Namor e, anos depois, ele ilustrou a trama criada pelo mestre Stan Lee para Daredevil #1.
No intervalo entre as duas publicações, no entanto, a Marvel Comics enfrentou uma pequena dificuldade: encontrar artistas habilidosos o suficiente para dar conta de seu rápido crescimento e da quantidade de super-heróis que eram adicionados ao seu panteão.
Os artistas Steve Ditko e Jack Kirby, por mais dedicados e prolíficos que fossem, não conseguiam absorver toda a demanda e mesmo freelancers como Don Heck estavam sobrecarregados.
Stan Lee, editor-chefe na época, resolveu a situação convidando antigos parceiros do início da editora para retornarem à equipe. Assim, Bill Everett voltou à Marvel e trabalhou com Lee em Daredevil #1.
No entanto, a marca estava em busca de um traço mais contemporâneo a sua época, algo que os criadores mais old school não gostavam muito.
Outros artistas como Joe Orlando assumiram, então, as edições seguintes de Daredevil. No entanto, foi quando Wally Wood assumiu as páginas da revista que a publicação encontrou seu estilo.
Mas ainda havia um detalhe: até então, os super-heróis da Marvel geralmente só enfrentavam super vilões equivalentes em poder. Por exemplo: o Homem-Aranha jamais enfrentaria deuses ou o Poderoso Thor correria atrás de ladrões.
Contudo, em Daredevil #7, Stan Lee e Wally Wood inovaram ao trazer um oponente visivelmente mais poderoso para a batalha. E o vigilante, claro, não desistiu da luta.
Ao colocar Namor e Demolidor em combate, Lee e Wood consolidaram o alter ego de Matt Murdock como protetor de Nova York e, também, como um importante super-herói.
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