Publicação emocionante foi lançada na década de 1980 e ainda hoje é considerada uma das melhores da editora.
Muito antes de Carol Danvers, Mar-Vell, um alienígena Kree que veio para a Terra coletar dados, já usava o nome de Capitão Marvel. Ele estreou em Marvel Super-Heroes #12 (1967), do roteirista Stan Lee e do artista Gene Colan, e teve seu destino selado na Marvel Graphic Novel #1, de 1982.
Pensar que seres tão poderosos como os super-heróis podem morrer parece quase absurdo. Mas a verdade é que mesmo os mais fortes podem perecer – como foi o caso do Homem de Ferro (vivido por Robert Downey Jr.) em Vingadores: Ultimato (2019).
O #TBT da Marvel dessa semana, então, vai relembrar essa edição histórica que também traz um dos momentos mais tristes do universo Marvel Comics: a morte do Capitão Marvel.
Marvel Graphic Novel #1: “A Morte do Capitão Marvel”
O roteiro e as artes são de Marvel Graphic Novel #1 são de Jim Starlin – e não havia outra pessoa que pudesse contar essa história.
Isso porque, entre as edições #25 e #34 de Capitão Marvel, foi ele quem elevou o espião Kree ao status de super-herói e protetor do Universo quando este derrotou o titã louco, Thanos.
No entanto, quando Starlin deixou a Marvel Comics, em 1974, apesar do esforço de outros roteiristas e designers, o personagem não conseguiu manter o destaque, e seu nome foi usado por outras pessoas, como Monica Rambeau.
Assim, em 1982, quando Starlin retornou à Casa das Ideias, foi a ele que a Marvel Comics pediu para pôr um fim ao personagem – com o acordo de que não haveria meio dele ser ressuscitado algum dia.
A capa de Marvel Graphic Novel #1 já anuncia em grandes letras: “A Morte do Capitão Marvel”. Contudo, enquanto Jim trabalhava em sua obra, ele experienciou um momento de grande tristeza: seu pai faleceu após enfrentar uma doença terminal.
Isso se refletiu no livro de Starlin, que se transformou em um emocionante caminho para o autor lidar com o próprio luto, enquanto fazia uma retrospectiva da vida repleta de eventos marcantes de Mar-Vell.
Na última edição que Jim fez para a Marvel Comics antes de sua saída, o super vilão Nitro foi apresentado ao público. Mar-Vell saiu vitorioso da batalha, porém, foi exposto a uma espécie de gás experimental chamado Composto 13.
Anos depois, já na Marvel Graphic Novel #1, se descobre os efeitos de tal exposição no Kree. A contaminação causou uma espécie de câncer extremamente agressivo.
A doença não apenas teve metástases em diferentes locais do corpo de Mar-Vell como também sofreu uma mutação, que a deixou completamente incurável.
Só resta a Mar-vell observar seus amigos correndo contra o tempo em busca de uma cura enquanto ele próprio atravessa todas as fases do luto. Por fim, mesmo seus companheiros são forçados a aceitar não apenas o destino do Capitão, mas também a própria mortalidade.
Do seu formato ao seu conteúdo, a publicação foge bastante do que vinha sendo publicado pela Marvel Comics até então. E, embora traga em si a questão do super-herói e um storytelling mais dramático, sem dúvidas essa é uma história mais íntima e introspectiva.
E talvez por isso, ainda mais poderosa.
Mostrando que histórias de super-heróis podem trazer em si o peso, a profundidade e a maturidade de outros quadrinhos – como os europeus, por exemplo – Marvel Graphic Novel #1 com “A Morte do Capitão Marvel” ainda hoje é aclamada como uma das melhores obras da Marvel Comics.
Relembre essa e outras edições históricas da Marvel Comics todas as quintas-feiras, no #TBT da Marvel. Para todas as novidades do Universo Marvel, não deixe de visitar o Marvel Insider!